sábado, 26 de dezembro de 2009

Sacro Piano

Entre o toque e a paixão
A divina melodia
Entoa o sacro delinear

O tom celestial
Deleite dos deuses
Anjo fugaz dos mais sublimes acordes

Sobre o empíreo, tua altiva morada
Descansam tuas castas canções
Sob teus lisonjeiros encantos

E ecoa-se teu canto
Triste canto
Sobre tuas pétalas monocromáticas

E assim morro por amar-te
No completo de minha existência
Hei de um dia ouvir-te,

[mais uma vez...]

Vá...

E as lágrimas me vêm novamente...
Como o feroz grito de dor que guardo a ti
Terno e feroz.
Não mais posso chorar a ti, meu querido,
Resigno-me pela minha fraqueza!

Falso amor,
Não te suporto.

Pelo que insisto em deixar preso
Esse vidrilho de alma que tu deixaste
Esse peito que sangra silenciosamente

Deixa-me sozinha
Meu eco grita e grita insanamente!
Parta!

Para os mais fugidios escombros de minha mente
Vá para onde te tornes um vago de escuridão!
Vá e não tornes a pecar...

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Cansada.
Fatigada de percorrer essas ruas vazias.
Reflexos insanos.
Espelhos mortos.

Cansada.
Por trilhar essas estradas frias.
Máscaras vis
Do mundo dos enfermos!

Vista-se desse tolo calar!
Afogue-se sobre tua doce humanidade...
Livra-me desse pesar!

Vá coberto desse teu manto sujo!
Que já escorre pelo meu rosto
Essas tuas faces mortais!

"Cogito, ergo sum"