O comum não passava do amanhã. Os dias vão e vão, na sutil intenção da plenitude humana, tão vazia e limitada. E eu continuo esperando a lua... A melancolia não corrompe caros irmãos,... Vede quão doce é o sabor do tempo!
Queria poder pedir para o senhor voltar. Queria ter os mesmos sabores, mas talvez menos dissabores. Talvez mais solidão. Quero ter vida, coesão.
Quem sabe uma estrela, um singelo delicado motivo para sentir; quem sabe mesmo uma gota da imensidão que o tudo se faz perante a mim, tão vago e complexo, que mesmo uma pequena lágrima se faria mundo.
Na verdade, esse medo é só disfarce. Queria jogar meus sonhos em um chão qualquer e me deitar sobre o azul-lilás de uma relva incomum. Minha relva. Queria mesmo ter domínio sobre tudo que me faz feliz, ou não queria, quem sabe a felicidade seja descontrole.
Mas o tempo, sim... Esse vil e traiçoeiro, que me faz sua serva de mil passados, flagelados pelo futuro, tão fatigado. Queria romper meus momentos insanos e arrependimentos tardios, meus frios devaneios, ou mesmo as noites vazias.
Só não quero o sol... Não quero cegar-me com linhas tão claras, não quero assustar-me com o previsível. Na verdade, já tenho muito. Só me falta saciar essa sede de Lua, ou de qualquer outra coisa mais.
Identidade
Há 11 anos
3 comentários:
e se pararmos pra pensar, os dias correm realmente rapidos!
vivemos no efêmero ^^
cabe a cada um eternizar os bons momentos!
Exelente texto!! Mostra muito bem alguns dos nossos dias! Perfect!
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