segunda-feira, 9 de agosto de 2010


"Rasgue as minhas cartas e
Não me procure mais (...)
Deixe-me sozinho,
Porque assim eu viverei em paz"

Devolva-me, Adriana Calcanhoto



Ó brisa fugaz de um passado clandestino
Refresca meus olhos sobre meu presente, fustigados.
Desse verme bandido, covarde cavalheiro!
A quem meu peito, um dia, em prantos esteve.

Mas saiba, veloz fulgor que a alma dilacera
Que teu fim por meu ódio, viril o espera
E o doce planar de meus sopros errantes
Sobre tua morte vão pousar, ó anjo vil!

Desejo que minha carne brote das tuas veias,
Que meu olhar convalesça a cada grito de angústia
Que teu peito assola, de dor!

Que meu desprezo vigie minha dor
Que meu peito não clame mais por amor
Que minha insanidade assine esse manto, sedento

Pela vingança que um dia anseio
Voraz, assim como a raiva que nutro em meu peito
Por tua nobreza sórdida, eterno infeliz
Por teus amores, que jamais darei!

E que ouçam o titilar de taças!
A glória dos injustiçados sobre a margem anseia!!
Que tu se afogues sobre tuas mentiras,
Sobre a bebida que um dia tiveste, (jorrarei teu sangue sobre becos imundos!)

E que assim seja, ó verme infeliz!
Devore suas próprias injúrias!
Enlouqueças!!!
Não me prive de deleitar-me com nenhum só segundo...
Da sua queda, (reles, imundo) mortal.

"Cogito, ergo sum"