
I
Príncipe...
Tu és o príncipe vil que amarga meu ser,
O sombrio vago que reluz minha dor
O Tormento que dilacera meu eco... Tristemente...
Tu és a febre que mata docemente
O frio que percorre melancólico o meu desespero
O anjo mal dos meus mais belos sonhos
Caio ensandecida no teu doce abismo
Serva da tua farsa
Grito a minha solidão
Imploro-te!!!
Grito-te!
Ouça minha doce tortura...
Paladino dos meus sonhos
Volta a iludir-me cruelmente!
Não me abandones apático anjo!
Permaneça a atormentar meus pensamentos
A ver-te nas minhas angústias
A cair no teu profundo sagaz...
II
Que tamanha amargura preenche meu peito!
Esse vil e tortuoso estúpido!
Cansado do teu amor displicente
E pedinte por um sequer olhar!
Nego-te sobre meu sagaz delirante
Sobre meus insanos e lúcidos instantes
De quimeras passadas,
Gélidas e apáticas lembranças...
III
Vá!Vá!Vá!
Leves contigo o punhal que cravaste em meu peito!
Esse teu tolo escravo, fatigado de amar-te!
Vá, ó triste fera,
Com teus anseios prostrados sobre a rosa
Infinita, que a ti ofereci...
[Dizeis que fica, ó doce ilusão!...]
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