Quando as pessoas fatigarem teu peito de sentir...e veres então que nada te cerca, a não ser esse teu amor exagerado...Que caia a mais pura lágrima...a mais doce subversão...
Quando a dor do amor não encontrar consolo no teu pranto, então tua voz calará os teus olhos baixos, e tu pensarás em jamais amar de novo qualquer criatura a não ser a si mesmo. Teu peito ofegante pela cólera, tomado por mais um desses teus sentires, explodirá em mil rosas...Tão raras e puras, derramando orvalho, como lágrimas pela solidão do não cultivado...
E então estarás sozinho. Pronto para recomeçar a existência sem afeto qualquer...Teus passos não deixarão rastros e teu olhar não será entregue...Tu serás semente de si.
Mas quando contemplares a primeira flor a beira do caminho, entre pedras sufocada, então tu compreenderás...Que a tua existência, doída de tanto sentir, é como uma flor a beira da estrada: esmagada pelas pedras, mas ainda sim, banhada de encanto e leveza capazes de fazer teu peito suspirar novamente...
-É quando vejo pequenos brotos despontando de dentro de ti...